terça-feira, 30 de setembro de 2008

Entre Scylla e Charybdis

Diz a mitologia grega que entre a Itália e a Sicília existia uma estreita passagem, passagem esta que era ladeada por Scylla e Charybdis. Scylla era uma ninfa do mar que se transformava em monstro marinho. Ela seduzia, afogava e devorava marinheiros que tentavam fugir de Charybdis, um enorme redemoinho do outro lado da estreita passagem.

Quem nunca se sentiu entre Scylla e Charybdis?

Obs.: Para os cristãos a frase seria entre a Cruz e a Espada ou Entre a Cruz e o Caldeirão, herege!

Ultimamente venho me sentindo assim. A situação é a mais incômoda possível. Ser amigo de um casal que não se entende!
Às vezes, tenho vontade de mandar todo mundo para Vênus e Marte, respectivamente.
Porque as pessoas não resolvem seu próprios problemas? Melhor... Porque as pessoas os criam?
Seria tão mais fácil se houvesse um mecanismo de liga/desliga de relacionamentos. Pra que se estressar com conversinhas e voltinhas e picuinhas, disse me disses e fofocas. Encara o touro e agarre-o à unha, oras!
Não, isto seria o melhor dos mundos, uma aspiração quase olímpica e etérea. Melhor deixarmos tudo "não conversado", tudo "não acordado", tudo "não esclarecido" e fazer dos amigos comuns nossos portadores de pequenas pílulas de informação.
Será que isto é um plano demoníaco para deixar os que nos cercam loucos ou será que é castigo dos deuses por termos nos "metido" na história? Sabe como é, dado aquela força no começo do relacionamento, torcido para que desse certo, ajudado a escolher geladeira, fogão, máquina de lavar.

Cada dia perco mais do pouco que resta de minha fé na humanidade!

PS: Longa vida aos insanos que não pensam tanto e agem muito!